CONFISSÃO

Penso que deve ser dos casos mais fáceis de investigar sobre factos que indiciam o cometimento do crime de falsifiicação (artigo 256-1-b e 4 do Código Penal) ocorridos ultimamente. Se bem compreendi, numa entrevista à RTP, reminada à momentos, o Senhor Primeiro Ministro José Socrates confessou que foi ele que prencheu com facto juridicamente revelante que sabia ser falso e posterirmente "rasurou", após recepção oficial pelos serviços competentes, sem o conhecimento destes, como é evidente pelo seu exame, o documento de que o jornal "SOL" tem fotocópia anexo a uma notícia sobre as habilitações académicas do Senhor Primeiro Ministro, no seu "site". Espero que o Senhor Procurador Geral da República não pretira o inquérito sobre esta matéria a não ser, eventualmente, em detrimento dos referentes aos 328? professores que levaram porrada dos alunos no último ano lectivo, e a que quer dar prioridade. Estou convicto, que, a confirmarem-se, em sede de inquérito e eventual instrução , que existe matéria para acusação ou pronúncia, os senhores juízes de julgamento não deixarão de levar em conta a atenuante da confissão expontânea, do tempo já distante a que os factos foram cometidos e da leviandade própria de alguma juventude que gosta, por vezes, de armar ao pingarelho, anunciando qualidades que sabe não possuir.