Friday, April 17, 2009

CRISE


Francisco Soilva, sempre atento foi, até hoje, o único que me perguntou porque fui eu, em primeira mão, a anunciar o fim da crise.
Respondi-lhe. A reacção, verificável pela imagem, foi estranha.

CERTEZAS E CONVICÇÕES



Sempre achei que a parte mais interessante das certezas, incluindo esta, é que nunca são certas. Ultimamente, nem sei como, consegui estender este raciocinio às previsões. Quem me diria a mim, há seis meses, que a taxa de inflacção estaria que já nem merece o nome ou que a canção popular, hoje, de maior sucesso é uma coisa que fala da "merda do engenheiro a foder sem eira nem beira", isto em versão livre!
E eu, que tenho um ouvido para a música pior que o da taxa de inflação e que, por puro snobismo, só gosto da dita música erudita, jazz, fado e Elvis, dei por mim numa de critico musical, a comparar a dita música, que pontapeia a merda, com os "Vampiros" do fotografado, que me foi lembrado por hoje se prefazerem 40 anos que o "Peço a palavra" fez a sua obra prima e, maliciosa e invejosamente, dizem unica obra. Mas, como não podia de deixar de ser, descambei da música para aquela matéria fluida, que não nos obriga a grande rigor, que é a politiquice sociológica, e concluí que cada época tem a sua música de contestação dirigida ao objecto da mesma, nivelando-se reciprocamente, ou, para maior precisão, que nunca fica mal neste deserto de leitores, dialeticamente, com preferência axiologica determinada ideologicamente. Daqui foi fácil concluir que actualmente, apesar da música ser fraquilnha, mesmo assim supera em muito o objecto!